A hashtag #gratidão está na moda! Existem diversas maneiras de manifestar gratidão, inclusive através de simples palavras. Agradecer alguém é um ato complexo, que pode incluir muitas outras maneiras para demonstrar aquela sensação agradável e gostosa ao receber uma gentileza, um favor, ou algo mais relevante. Diversas vezes dizemos por dizer, automatizamos discursos e nem prestamos a devida atenção no valor de cada termo utilizado, assim como na sua origem, ou ainda no porquê de seu real significado. Foi nesta linha de pensamento que encontrei algo sobre o “Tratado da Gratidão” de S. Tomás de Aquino. Achei muito interessante e resolvi compartilhar, porque neste tratado S. Tomás divide o sentimento de gratidão em três níveis: superficial, intermediário e profundo. O superficial é o nível do reconhecimento intelectual, do pensamento. O segundo nível, o intermediário, é relacionado ao fato de darmos louvor ou graças por algo a alguém quando nos sentimos beneficiados. O terceiro, e mais profundo, é quando criamos vínculos com a pessoa em questão. Bem depois das deduções de S. Tomás, envolvendo etimologia da palavra e significados mais amplos, alguns estudiosos relacionaram as expressões de agradecimento de determinados idiomas à sua origem e, também, às especificações do “Tratado de Gratidão”. Por exemplo, foi observado que tanto o thank you, em inglês, como o zu dank, em alemão, derivam da raiz da palavra que significa pensar. Portanto, algo que sugere que os anglo-saxônicos verbalizam seu agradecer segundo o nível superficial ou cerebral, por traduzirem um agradecimento ponderado, reconhecido e consciente. Já alguns termos, como o da língua espanhola através do gracias, do italiano com grazie, o merci em francês ou shukran árabe, se familiarizam com expressões semelhantes à do nível intermediário, o da graça. Neste segundo nível as palavras de agradecimento revelam como qualquer benevolência é um dom que merece reconhecimento e ressonância. Contudo, para estarmos gratos de maneira mais profunda e vinculada, segundo o terceiro nível citado por S. Tomás, deve haver a sensação do reconhecimento permanente e daquela retribuição que nem sempre nos é possível. É algo mais forte que nos leva ao comprometimento com o outro. Por mais que se agradeça, nunca será suficiente, ficando uma obrigatoriedade de gratidão. É neste sentido que a língua portuguesa se sobressai por usar o termo que mais exprime o sentido deste terceiro nível: obrigado. Uma palavra especial, que usamos corriqueiramente, e nem paramos para pensar em tudo que ela traduz e simboliza. artigo para o Diário do Sul curta nossa página: Etiqueta, Ética e Bom Senso |
Há quem não se importe quando alguém mexe em suas coisas mas, a maioria não gosta e com razão. Não se deve violar correspondências, fuçar armários, abrir geladeiras, sem antes pedir permissão. Este artigo foi escrito para a coluna de Etiqueta Social do jornal DS e é o assunto de hoje, aqui no blog. Confira: Quem mexeu nas minhas coisas? É comum saber de alguém que ficou indignado por se sentir invadido ou desrespeitado por outra pessoa que tenha mexido em suas coisas. Não se deve mexer em nada que não seja seu, sem antes pedir permissão, muito menos, bisbilhotar gavetas ou algo semelhante. Se seu trabalho implica em lidar com papéis, documentos e objetos de outros, é preciso muito cuidado para poder realizar suas tarefas sem invadir a privacidade ou danificar algo. É importante realizar só aquilo que lhe foi pedido e autorizado e, na dúvida, perguntar como proceder, ao invés de agir por conta própria e fazer algo que seja prejudicial ou irreversível. Estas regras valem tanto p
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