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MAIS FAMíLIA E MENOS VIOLêNCIA



Por que presenciamos jovens com tanta agressividade, em busca de prazeres imediatos e na trilha de caminhos incertos e violentos? São muitos apelos e atalhos que o mundo oferece, mas algo muito forte, que pode mudar o comportamento em sociedade, é o que se transmite de pais para filhos. 
É dentro de uma família consciente que se encontra estrutura para enfrentar a realidade de cada etapa da vida. Entretanto, nem todos têm a felicidade de nascer em um berço com estas características. A sociedade está fragmentada, doente, e uma acolhida com cara de família pode mudar muitas atitudes que ferem o bem-estar social e a dignidade humana.
Quando um núcleo familiar ou solidário estimula os pequenos a crescerem de maneira adequada, os resultados comportamentais costumam ser diferentes. Claro que cuidar de necessidades materiais é sempre importante, em especial onde há muitas falhas no sistema de educação, mas isso não diminui o dever de orientar bem crianças e adolescentes. Adultos que fogem de suas amplas e vitais responsabilidades tornam-se referências duvidosas para seus sucessores, gerando inseguranças e problemas emocionais que mais tarde podem vir à tona, formando um ciclo vicioso de más condutas.

Apesar das circunstâncias, é em casa, no dia a dia, dentro de cada lar, que se deve ensinar os cuidados com a higiene, regras de comportamento, princípios morais, valores éticos, ensinamentos religiosos, cuidados com a saúde, assim como estímulo à busca de realizações pessoais, autoestima e sede de conhecimento. Ser assertivo, responsável e honesto não se aprende na rua, e é no convívio familiar que se absorve o valor do respeito mútuo e se exercita a verdadeira cidadania. Por isso, é imprescindível dar amor desinteressado, carinho, e ir em busca de sabedoria para impor limites na hora de educar um jovem.


Outro item que pode modificar gerações futuras é a valorização da hereditariedade cultural, porque resgatar o passado significa promover identificação e o ser humano precisa disso, pois identificações fortalecem vínculos que, por sua vez, simbolizam laços e afinidades. É conhecendo nossa origem que podemos saber mais sobre nossos ancestrais e, a partir de uma história comum, pensar e fazer novas escolhas, para então repetir comportamentos ou apenas fazer diferente.


Concluindo, aproximar-se do jovem, tentar falar sua linguagem, trocar ideias e provocar um olhar crítico a tudo que é transmitido pela mídia pode ser uma importante tentativa de diálogo. Talvez não seja fácil, mas não é impossível. Que pais e responsáveis se esforcem para entender seu papel dentro da família e compreendam como seus exemplos de vida são fundamentais para seus filhos e para toda a comunidade.

artigo escrito para Diário do Sul

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