O chato de galocha é aquele que simplesmente consegue ser mais inconveniente e inadequado que o chato mais chato. É como se fosse alguém especialista em desconcertar os demais e abusar da paciência dos supostos desavisados que abrem mão de seus compromissos para lhe dar ouvidos. Em geral são persistentes em uma ideia e resistentes à contradição. Não é nada fácil conviver com estes obstinados. Sem dúvida não desistir de uma meta pode ser algo positivo em diversos aspectos, mas no caso deste tipo de conduta, não se trata do foco em si, mas da reiteração de uma proposta imponderável, a qualquer custo. Este comportamento merece um olhar especial e estratégias escorregadias para que se possa despistar, ou se afastar, deste perfil sem ofensas. Quando o constrangimento já é conhecido e recorrente, traumatiza. Por isso, os peritos em chatices ficam marcados por suas inconveniências e nem sempre são bem-vindos. Quem pode, disfarça, inventa uma desculpa e evita o confronto, porque sabe que o emaranhado de argumentos utilizados durante o diálogo será inimigo do tempo, pois o insistente nunca se dará por vencido e não se importará com compromissos alheios. O objetivo dele sempre terá um valor maior e ponto!
Quem já não observou olhares de desagrado durante uma ligação telefônica, ou a utilização de um artifício do tempo da vovó – de se colocar uma vassoura atrás da porta – no caso de uma visita? A reação diante do desconforto é a mesma: fazer de tudo para encurtar a conversa. Algumas situações são corriqueiras, como o indiscreto que não sabe o momento e o local para pedir certos favores delicados, ou aquele funcionário de telemarketing que entra em contato através de um discurso decorado e ininterrupto, fingindo não entender nosso desinteresse, e persiste até nosso limite de tolerabilidade, ou ainda, aquele indivíduo que se considera simpático e envolvente, na certeza de que domina temas interessantes e prolonga o assunto, não se despedindo nunca. Difícil, não? Que não sejamos como os que deram origem à expressão, por entrarem com suas galochas molhadas e sujas nas casas dos outros. Ao contrário, que possamos ser pessoas agradáveis. Fica a dica para que tenhamos sempre bom senso em nossos relacionamentos, com flexibilidade, bons modos e percepção do que é ou não oportuno. Para isso, é fundamental uma autoavaliação de nosso comportamento social e seguir, na prática, o sábio conselho de S. Paulo: “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém”. Artigo escrito para coluna do Diário do Sul Curta nossa fanpage, Etiqueta, Ética e Bom Senso |
Há quem não se importe quando alguém mexe em suas coisas mas, a maioria não gosta e com razão. Não se deve violar correspondências, fuçar armários, abrir geladeiras, sem antes pedir permissão. Este artigo foi escrito para a coluna de Etiqueta Social do jornal DS e é o assunto de hoje, aqui no blog. Confira: Quem mexeu nas minhas coisas? É comum saber de alguém que ficou indignado por se sentir invadido ou desrespeitado por outra pessoa que tenha mexido em suas coisas. Não se deve mexer em nada que não seja seu, sem antes pedir permissão, muito menos, bisbilhotar gavetas ou algo semelhante. Se seu trabalho implica em lidar com papéis, documentos e objetos de outros, é preciso muito cuidado para poder realizar suas tarefas sem invadir a privacidade ou danificar algo. É importante realizar só aquilo que lhe foi pedido e autorizado e, na dúvida, perguntar como proceder, ao invés de agir por conta própria e fazer algo que seja prejudicial ou irreversível. Estas regras valem tanto p
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