A vida é corrida para quase todas as pessoas e, quanto mais facilidades e tecnologia temos à nossa disposição, mas afazeres inserimos em nossa agenda. Com isso, o alto nível de estresse tem roubado certas virtudes essenciais ao ser humano, como educação, gentileza, bons modos, paciência, tolerância e altruísmo. As mesmas pessoas que têm muitas responsabilidades, ou acham que as têm, também estão em uma busca constante por um corpo melhor dentro das academias, procuram um canal de drenagem para o grande nível de ansiedade, querem sentir paz e conquistar um grau de relacionamento social mais saudável.
Contudo, os níveis de convivência nem sempre são satisfatórios porque, antes de mais nada, vem a escalada incessante de autosatisfação. É certo que pessoas realizadas são mais felizes, mas quando essa satisfação própria se torna obsessiva, corre-se o risco de se adquirir uma cegueira em relação à necessidade do outro, algo nada positivo para bons relacionamentos. São tantas atividades que incluem o - antes de mais nada - “eu” que tudo que foge deste universo fica pequeno. Meu trabalho, minha dieta, meu lazer, meu carro, meus projetos, minhas metas, minhas coisas, meu jeito de pensar, minhas manias, meus sonhos e por aí vai... É claro, justo e coerente que tenhamos tempo para nossas coisas, em especial para cuidar da saúde do corpo e da mente, mas é importante que saibamos filtrar situações e distinguir prioridades de caprichos. Quando certas preocupações entram no campo do egoísmo, os relacionamentos começam a ter ligações menos estáveis e, como consequência natural, chegam as frustrações e as angústias. Afinal, todo relacionamento é uma troca que se torna mais forte quando há pesos e medidas equivalentes. No momento em que uma das partes pensa mais em si, certamente haverá uma exigência maior do outro lado, o que não é bom, porque todos temos limites humanos. Em tudo na vida é preciso ter bom senso e saber que existe um tempo para se doar e outro para aceitar ajuda, assim como há fases em que precisamos ser mais tolerantes e períodos em que alguém terá que ter paciência conosco. Nesses altos e baixos da vida que não se pode deixar de avaliar a qualidade das relações interpessoais, pois abdicar um pouco de nosso “eu” faz um bem enorme, tanto ao nosso círculo de amizades como a nós mesmos. E talvez aquela paz que muitos dizem não sentir dependa dessas atitudes mais tranquilas, que exigem um esforço pessoal para algumas mudanças internas que, no contraponto, proporcionam um bem-estar transformador. (artigo escrito para o jornal Diário do Sul) |
Há quem não se importe quando alguém mexe em suas coisas mas, a maioria não gosta e com razão. Não se deve violar correspondências, fuçar armários, abrir geladeiras, sem antes pedir permissão. Este artigo foi escrito para a coluna de Etiqueta Social do jornal DS e é o assunto de hoje, aqui no blog. Confira: Quem mexeu nas minhas coisas? É comum saber de alguém que ficou indignado por se sentir invadido ou desrespeitado por outra pessoa que tenha mexido em suas coisas. Não se deve mexer em nada que não seja seu, sem antes pedir permissão, muito menos, bisbilhotar gavetas ou algo semelhante. Se seu trabalho implica em lidar com papéis, documentos e objetos de outros, é preciso muito cuidado para poder realizar suas tarefas sem invadir a privacidade ou danificar algo. É importante realizar só aquilo que lhe foi pedido e autorizado e, na dúvida, perguntar como proceder, ao invés de agir por conta própria e fazer algo que seja prejudicial ou irreversível. Estas regras valem tanto p
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