Na correria do nosso cotidiano, não prestamos atenção em muitas coisas e nem nos damos conta de que estamos sendo observados. Ficamos sabendo que isso ocorre quando alguém se aproxima e comenta algo sobre nosso modo de ser, o que mostra o quanto somos responsáveis pelo que fazemos e falamos. É possível que uma palavra mencionada na hora exata, da maneira certa, faça o outro refletir um pouco sobre alguns conceitos ou pare para pensar a respeito de algo novo, que até então desconhecia. Um relato interessante aconteceu, em um encontro para lá de casual, com um colega e amigo sacerdote paulistano, aqui em Santa Catarina. Ele disse que lembrou da nossa etiqueta social por estar trabalhando com uma comunidade de hábitos muito simples. Após as celebrações, ele resolveu oferecer um pequeno lanche para as pessoas e envolveu a comunidade com essa tarefa. Cada membro responsável por aquele momento colaborava como podia e dispunha o alimento sobre a mesa, do jeito que achava correto. Ver os comes e bebes sem muita organização o incomodava, então, sem querer ser ostensivo a nenhum dos colaboradores e com muita discrição, retirava os pães e biscoitos das embalagens e colocava-os em uma cestinha apropriada, para apresentar tudo cuidadosamente a todos que viessem participar da confraternização. O “cafezinho depois da missa” perdurou e esta cena de organizar a mesa se repetiu algumas vezes. Muito provavelmente, aquele grupo engajado não achava necessário arrumar a mesa daquele encontro com certos itens considerados básicos, talvez por nunca terem visto daquele modo, ou por terem absorvido um outro tipo de cultura de origem. Contudo, para surpresa do padre, um dia uma jovem mãe se aproximou dele e disse que não sabia que era importante dispor xícaras e pratos, assim como a garrafa de café e os biscoitos do modo que ele costumava fazer. Acrescentou, ainda, que ela havia adotado esse sistema dentro de sua casa e que ficou muito feliz por receber elogios dos filhos, pelo capricho a mais que teve para com eles na hora de servir as refeições. Outra paroquiana, um pouco envergonhada, criou coragem e desabafou que com ela havia acontecido a mesma coisa. A partir desses comentários ele percebeu como seus pequenos atos influenciaram e como, sem imaginar, havia mudado algo dentro daquelas famílias, com o simples fato de colocar uma mesa de café com mais carinho e demonstrar como é bom ser mais atento às pessoas e ter mais respeito aos alimentos partilhados. Simples assim. |
Há quem não se importe quando alguém mexe em suas coisas mas, a maioria não gosta e com razão. Não se deve violar correspondências, fuçar armários, abrir geladeiras, sem antes pedir permissão. Este artigo foi escrito para a coluna de Etiqueta Social do jornal DS e é o assunto de hoje, aqui no blog. Confira: Quem mexeu nas minhas coisas? É comum saber de alguém que ficou indignado por se sentir invadido ou desrespeitado por outra pessoa que tenha mexido em suas coisas. Não se deve mexer em nada que não seja seu, sem antes pedir permissão, muito menos, bisbilhotar gavetas ou algo semelhante. Se seu trabalho implica em lidar com papéis, documentos e objetos de outros, é preciso muito cuidado para poder realizar suas tarefas sem invadir a privacidade ou danificar algo. É importante realizar só aquilo que lhe foi pedido e autorizado e, na dúvida, perguntar como proceder, ao invés de agir por conta própria e fazer algo que seja prejudicial ou irreversível. Estas regras valem tanto p
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