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Como tratar um deficiente visual

Sexta-feira 17/06/2011 às 00:00
Sob um olhar diferente
A etiqueta social abrange todas as áreas de comportamento do ser humano, em diversas situações. Que tal falar um pouco sobre comportamento em relação às pessoas que têm algum tipo de limite, como os deficientes visuais?
Será que receber em casa, ou ajudar na rua, uma pessoa que não enxerga é simples? Bom, difícil não é, mas existem regras práticas para que sejam evitadas gafes, desconfortos ou mesmo uma situação de risco para quem não consegue ver. Deve-se ter um olhar diferente e especial nestes momentos.
Pessoalmente, acho que estas regras, entre outras, deveriam ser comentadas durante o tempo de escola, sendo acessíveis a todos os cidadãos. Vamos a elas!
Ao oferecer ajuda a um cego para atravessar a rua, se ele aceitar, é importante que ele segure no seu braço, e não você no dele, evitando empurrá-lo ou puxá-lo, lembrando de não conduzi-lo na diagonal, pois ele pode perder o senso de direção. Quando acompanhado do cão guia, não brinque com este cão enquanto está orientando seu dono.
Nunca chame o portador da deficiência de “ceguinho”, pois existem maneiras mais educadas e gentis para se referir a ele. Quando começar o diálogo, seja claro e prestativo, mas não fale alto demais, pois ele não enxerga, mas provavelmente escuta bem.
Quando ele for em sua casa, espere por ele logo na entrada e, com simpatia, lhe dê dicas para que ele prossiga com segurança. É expressamente proibido esquecer objetos caídos no chão e deixar portas entreabertas, pois ele pode tropeçar e se machucar na quina da porta, o que não é interessante.
É bom lembrar que um aperto de mão, neste caso, simboliza um sorriso para o deficiente visual. Durante a conversa, evite enaltecer demais sua autonomia, pois eles têm habilidades que quem enxerga realmente não desenvolve. Avise a cada um da casa que, ao entrar aonde seu amigo especial estiver, deve anunciar que chegou, se identificando e o cumprimentando. Ao sair, deve avisar da mesma forma, para que seu convidado participe de tudo e, eventualmente, não se sinta esquecido.
Durante a conversa, prefira tocar em assuntos que ele aprecie, sem ficar demonstrando pena ou compaixão.
Sendo necessário o uso da escada, comunique quantos degraus ele terá que enfrentar e, se tiver que ir a algum lugar, como ao banheiro, ofereça as orientações necessárias.
Caso prepare algo para comer à mesa, um bom recurso é servir alimentos que dispensem o uso da faca (carnes picadas ou desfiadas e massas, por exemplo) e diga a ele o que tem no prato, se valendo da tática “modelo de relógio”: na posição 3h é estrogonofe, na das 6h é arroz e na das 9h, batatas fritas. Antes de servir algo para beber, dê as opções a ele e não encha demais o copo, para não provocar acidentes. Com isso, ele se sentirá valorizado e seguro para participar da refeição com todos. Na dúvida, use sempre de bom senso e atenção para com ele, fazendo com que ele se sinta à vontade.
Etiqueta, ética e bom senso devem fazer parte de nossas vidas. Não é à toa que estas palavras compõem o título do meu blog, pois eu realmente acredito em um mundo mais consciente e gentil.

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