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Ética e bioética


Será que tantos temas polêmicos relacionados à vida, como aborto, eutanásia, clonagem de seres humanos, desrespeito ao ecossistema, eugenia, entre outros, têm a ver com comportamento humano e ética? Certamente, sim. 

O comportamento em sociedade, quando tange assuntos delicados, é extremamente importante, pois a postura ética está relacionada a princípios e valores adquiridos durante nosso percurso de existência. Mas, afinal, o que é ética e bioética?

Gosto muito da definição de Cortella, filósofo brasileiro, que apresenta ética como um conjunto de valores e princípios que usamos para responder a três grandes questões da vida. Eu quero? Eu devo? Eu posso? Segundo o estudioso, nem tudo o que eu quero, eu posso; nem tudo o que eu posso, eu devo; e nem tudo o que eu devo, eu quero. Acrescenta, ainda, que ética é sentir paz de espírito quando aquilo que você quer é, ao mesmo tempo, o que você pode e o que você deve. Muito próxima deste conceito, a bioética pode ser explicada como ética da vida. Isto é, abrange um campo de estudos que envolve biologia, medicina, filosofia, direito, ciências exatas, ciências políticas e meio ambiente. Portanto, dentro da bioética, certas decisões relacionadas a condutas clínicas devem ser baseadas em quatro princípios fundamentais: a beneficência, que é fazer o bem; a não maleficência, que significa não causar danos; a autonomia do paciente, que é a capacidade que cada um tem de tomar suas próprias decisões; e a justiça, que deve ser voltada ao bem da sociedade, com garantias de uma distribuição justa, equitativa e universal dos serviços da saúde.

Com base no conceito acima sobre ética, é possível compreender a grande necessidade que cada cidadão tem de desenvolver sua autoconsciência, assim como assumir responsabilidades diante de decisões pessoais. Oportunizar o desenvolvimento de um nível de reflexão sobre ação e reação, atos e consequências, faz com que o ser humano tenha uma linha de raciocínio mais ponderada, com maior probabilidade de respostas inteligentes e humanizadas frente às adversidades, além de maiores chances de escolhas seguras e sensatas diante de inúmeras situações exigentes do cotidiano. Muitos se sentem vulneráveis, fragilizados e impotentes diante de um ‘sim’ ou um ‘não’ à vida. É neste momento que princípios bioéticos, ciência, fé e espiritualidade, autorrespeito, altruísmo e consciência ética podem mudar o curso de muitas histórias reais.

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