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Será que a culpa é de Santo Antônio?



Enquanto muitos países celebram o Dia dos Namorados em 14 de fevereiro, dia de S. Valentim (Valentine’s Day), aqui no Brasil esta data é comemorada em 12 de junho. Conta-se que a tradição brasileira começou através da estratégia de um empresário paulistano em 1949. Observando que as vendas baixavam no mês de junho, resolveu trazer o hábito estrangeiro de trocas de presentes entre os casais apaixonados para cá. Sem muito romantismo, a ideia de equilibrar o orçamento foi associada à véspera do dia de Santo Antônio, intencionalmente, pelo grande números de devotos e por ser considerado um “santo casamenteiro”. O artifício parece que deu certo e perdura até os dias de hoje, mantendo a preocupação com a troca de lembranças entre os interessados, além de jantares românticos ou algo que simbolize a data. Contudo, há certos detalhes que são muito importantes dentro de um relacionamento entre duas pessoas.


Antes de um namoro, o ideal é que se conheça um pouco do outro, que haja vínculos de amizade e identificações para que, gradativamente, ocorra um conhecimento mútuo, fortalecendo ou não qualquer decisão. Namorar por namorar leva a um vazio interior e a algumas experiências frustrantes, que mexem tanto com o emocional feminino como o masculino, por isso é importante que exista um tempo para entender as diferenças que atraem e complementam, assim como culturas, hábitos e tradições familiares. A princípio, parece que nada disso importa, mas a soma de experiências e bagagens de cada um formará uma nova história em comum com suas consequências. Sendo assim, para começar bem é fundamental que haja um comportamento social adequado de ambas as partes. Como em qualquer relação, não pode faltar respeito, atenção, compreensão e paciência.


Perfis de personalidade explosivos e dominadores sempre acabam gerando sofrimento, assim como aqueles muito ciumentos ou desatentos demais. Mesmo com uma convivência que permita uma espontaneidade maior, é importante que autocontrole e gentileza se façam presentes e que sejam usadas certas expressões essenciais no cotidiano, como por favor, muito obrigado, com licença etc. Afinal, ter liberdade para falar o que se pensa não significa permissão para grosserias ou falta de respeito entre um casal. Ao contrário, para uma relação ser agradável e sobreviver com qualidade, além de amor e carinho é fundamental haver consideração, diálogo sincero e bons modos.


 Namoro é tempo de auto-observação e de um entender o outro. Portanto, o jeito de pensar, falar e agir entre os dois pode sinalizar se aquele projeto de vida tem futuro ou não, para depois a culpa do insucesso não ficar por conta de Santo Antônio.

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