Estamos vivendo um tempo diferente e histórico, em especial no Brasil. São fatos que observamos a todo momento na mídia, frutos de divergências de toda espécie, com consequências positivas e negativas. Mas o que piora o quadro destas diferentes posturas frente a um problema, seja ele político, comportamental ou religioso, é a intolerância.
A humanidade não precisa de grupos que não toleram diferenças. Nós, brasileiros, temos participado ativa ou passivamente de confrontos constantes, em função do momento político e econômico. Através da mídia, sobretudo as redes sociais, nota-se agressões de todos os lados, com uma hermética resistência a entender ou avaliar a opinião do outro. Na realidade, são muitas “verdades” contraditórias e antagônicas, que geram muita confusão. Só com imparcialidade, raciocínio lógico, inteligência, consciência moral, conhecimento do passado, sede de justiça e com base ética é possível se chegar a uma conclusão fiel a tudo que está acontecendo em nosso país. Fora isso, a opinião individual ou coletiva corre o risco de ser estabelecida como fato real. Se algo foi dito por quem admiramos ou confiamos, aquilo se torna verdade, e isto nem sempre é bom. É importante que cada um busque o máximo de informações, provenientes de fontes distintas, para chegar a uma conclusão fiel das notícias, sem especulações ou distorções. Confundir faz parte de muitos artifícios e artimanhas políticas e isto só piora a situação de nosso povo, que almeja um Brasil mais maduro e honesto politicamente.
Quem não quer que a corrupção seja extinta? Contudo, para isso, é preciso também que cada cidadão rejeite, dentro de si, o modo de pensar corrupto. É preciso banir o “jeitinho brasileiro” para a solução de problemas cotidianos. Não é difícil entender que, se houve uma rede extensa de falcatruas, é porque um número de pessoas considerável compactua com a mesma filosofia desonesta de vida, e enquanto isto não mudar, haverá um modo ético de levar a vida. Discutir, brigar, agredir, ofender, falar palavrões e fazer sinais obscenos ao outro podem até ser sinais de liberdade de expressão, mas não são emblemas de cidadania e de um comportamento civilizado. Enfim, por mais que existam diferenças, os que podem decidir o futuro de nossa nação precisam ter habilidades para resolver situações delicadas e importantes com democracia, com posturas educadas, éticas, humanas, justas e diplomáticas.
artigo escrito para coluna do Jornal Diário do Sul |
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