Como você passa valores religiosos aos seus filhos?
Algumas pessoas dizem não acreditar em nada. Nem em uma divindade e nem em Deus... Porém, pode existir a a crença e não existir a prática religiosa. Será que é importante transmitir tradições religiosas às nossas crianças ou é melhor que cada uma escolha sua religião quando ficar adulta?
Normalmente, a religião que prevalece em um lar é da mãe, mas sempre há exceções. No entanto, quando um casal compartilha da mesma fé, fica mais fácil, pois o pensamento em comum favorece a educação dos filhos. Contudo, pode haver discordâncias e contradições. Um dos dois pode desejar ir à igreja e o outro dizer que tudo aquilo é bobagem, fazendo com que as crianças fiquem inseguras quanto à necessidade de se frequentar lugares de oração e exercitar a fé.
A palavra religião significa religar, portanto, serve para aproximar o humano do divino. Como tudo na vida, também práticas religiosas requerem exercício e constância. Por isso, quanto mais cedo se aprende a importância da mística, da vida prática de bons atos e da oração, maior a probabilidade dos descendentes seguirem a mesma religião. Sempre haverá questionamentos, mas uma semente plantada tem chances de germinar. Agora, quando não se semeia nada, fica mais difícil surgir algum fruto. Concordam?
O modo como esta fé é transmitida também é extremamente importante. Será que o ambiente dentro de casa é coerente com aquilo que determinada religião prega ou fica valendo mais o famoso " faço o que eu digo, mas não faça o que eu faço"?
Pai, mãe e responsáveis devem saber que são espelhos e referências permanentes para seus filhos.Não importa a distância física. Sendo assim, é preciso ter muito cuidado com o que é dito ou realizado e COMO é dito ou feito. O fato de se frequentar um templo sagrado, desde pequeno, também educa para que cada um saiba se comportar dentro destes ambientes. É um momento diferente e especial, que inclui meditação e respeito. Não se pode agir lá, da mesma maneira que em um shopping ou parque de diversão e a criança sente esta sintonia diferente, se isso for passado a ela. É também uma oportunidade para elas entenderem que tudo tem SEU tempo e SEU lugar.
Outro fator importante são as festas comemorativas de cada religião e como elas são celebradas. Qual o valor histórico daquele dia, o porquê de cada símbolo, música e ritos. Entender os motivos de uma celebração fortalece vínculos e dá sentido ao momento. Ir por ir, talvez seja muito próximo do não ir porque não se está com vontade, o que é um desestímulo total. Além disso, existem os rituais de passagem, como Batismos, Primeira Comunhão, Bar-Mitzvah, entre muitos, que cada religião específica apresenta. Os pais estarem preparados para estas datas, faz toda diferença. Afinal, mandar um filho para um curso preparatório e não saber bem do que se trata, mostra desinteresse e superficialidade, passando uma mensagem de que "aquilo" é algo que se deve cumprir , mas não é fundamental. É o mesmo que dizer: - Vamos apenas festejar e já é o suficiente!
Dá-se uma grande importância social e fica faltando o verdadeiro sentido da ocasião, assim como as respostas às perguntas que a criança e o adolescente costumam ter. Para se transmitir valores, fatos históricos e tradições religiosas é preciso envolvimento dos pais e educadores. Aí também entra outro ítem: a escolha da escola para os filhos. Ela deve ser coerente com os ensinamentos que os pais adotam a fim de que a cabecinha das crianças não fiquem confusas entre o que é certo ou errado.
Muitas vezes há diferenças entre doutrinas e isto, quando a criança é pequena, gera conflitos internos. Se o colégio for leigo, os pais devem estar atentos, porque dependerá exclusivamente deles a transmissão da fé que praticam. Fora isso, vale lembrar que exemplo de vida é tudo.
Em época de crise nas famílias, uma casa que prioriza o diálogo com filhos e se preocupa em formá-los integralmente, faz muita diferença em toda sociedade.
Não é fácil, dá um pouco de trabalho, mas não é impossível.
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