Nos dias atuais, a palavra “compromisso” causa certo desconforto para muitas pessoas. Parece que a maioria não quer assumir responsabilidades e quer levar a vida sem grandes vínculos, em diversos setores da convivência humana. Se formos buscar no dicionário alguns sinônimos para a palavra compromisso, encontraremos: acordo, ajuste, convenção, dívida, duplicata, missão, obrigação e promessa. Sendo assim, comprometer-se é sério! Por isso muitos se esquivam, fingem que são distraídos, atravessam para o outro lado da rua, mas não se comprometem com nada e com ninguém. Para profissionais empenhados, nada mais frustrante do que confiar em alguém que, no meio do caminho, desiste do que foi combinado, não cumpre com sua palavra, abandona um trabalho inacabado e não acerta suas dívidas assumidas. E o pior deste perfil: não se importa com o que deixa de fazer, não se arrepende e, provavelmente, repetirá esse comportamento inúmeras vezes. No início de uma atividade qualquer, de um tratamento de saúde ou um desafio, apresentam-se animados, cheios de perspectivas, demonstrando ser alguém decidido, mas depois revelam que são “fogo de palha”. Fogem de seus acordos, não cumprem suas promessas, lançam um ar de coitadinho e ponto. Falta foco, responsabilidade, honestidade e ética. Isso acontece não só no âmbito de prestação de serviços ou na relação contratado-contratante, mas também nos relacionamentos afetivos e no mundo dos políticos - falo e desfalo, faço e desfaço. Os “ficantes”, em festas e baladas, são um bom exemplo. No dia seguinte, um não pode cobrar nada do outro. Não existe acordo ou obrigações. É um reflexo do mundo do consumismo desenfreado, onde não vale a pena consertar eletrônicos, portanto, descarta-se o com defeito e compra-se um novo. Ou então, mesmo que não necessite de reparos, como já foi lançado um modelo mais bonito, ou com mais recursos, deixa-se o seminovo de lado e adquire-se outro. E assim se sedimenta um modo de pensar e agir onde impera o individualismo e o inconsequente, aqui e agora. Contudo, entre pessoas, não se pode agir desta maneira. Não somos objetos, muito menos descartáveis. O ser humano não deve viver de instantes isolados, como se fosse um seriado de TV, sem continuidade entre um episódio e outro. É importante que haja um mínimo de bom senso e coerência de atitudes. O comportamento ético é essencial para se viver bem em sociedade e gera credibilidade. Portanto, não fuja da raia e nem de seus compromissos!
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