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A ÉTICA E OS REIS EM TERRA DE CEGOS - artigo para o DS

Estela Maura

Etiqueta


 Queridos amigos, este texto foi inspirado em situações reais, como sempre, onde indivíduos, sem muito critério,invadem a área profissional de muitos, com o mínimo de preparo técnico e zero de ética. 
 Se você sofre da mesma indignação, pode ser que concorde comigo. Não falo dos menos favorecidos, em uma sociedade sofrida como a nossa, mas de pessoas que se consideram espertas e tem a ganância como lema de vida. 
 Boa leitura! 








Ontem, 04/11/2013


A ÉTICA E OS REIS EM TERRA DE CEGOS

A   frase “Se você acha caro contratar um profissional, confira os custos depois de contratar um amador”, diz muitas coisas e é extremamente atual neste mundo competitivo. As pessoas querem se lançar no mercado e, muitas vezes, não buscam um preparo profissional que capacite e forme para uma determinada área de atuação mas, mesmo assim, o indivíduo se autointitula apto a trabalhar, sem embasamento teórico-prático, permeando e querendo puxar o tapete da concorrência. Concorrência esta, muitas vezes, honesta e segura de seu potencial.
São amadores que divulgam seu trabalho assumindo funções que não dominam, ou que sabem mais ou menos, sem nenhuma consciência e responsabilidade quanto ao seu desempenho. Parecem estar sempre na defesa e sentem-se ameaçados, usando o artifício de fofocas e calúnias para uma autovalorização, se necessário.
Seja qual for a área, exercer uma função exige treino, disciplina e estudo. Achar que “tem jeito para a coisa”, mandar fazer cartões de visita e sair por aí enganando a maioria das pessoas não é nada ético.
Estes aventureiros não fazem distinção. Querem atuar na área de consultoria, passando informações errôneas; dentro da gastronomia, usando produtos inferiores; na estética, sem fundamentos científicos, entre centenas de outros setores abertos. O ditado diz que “em terra de cego, quem tem um olho é rei”, e é verdade. Não é raro observar declarações incoerentes ou palpites errados na mídia. Se o aspirante a profissional conquistar seguidores que não entendam daquele assunto, certamente acreditarão em suas propostas, mesmo que elas sejam bem duvidosas. Não se importam muito com as consequências e com a autenticidade de seu trabalho, pois objetivam apenas o lucro. Estão sempre à espreita dos que sabem fazer de verdade, copiando ou falsificando alguns itens deste trabalho, com possibilidades e preços atraentes, conquistando um mercado menos exigente.
Afinal, quem não investe em qualidade, pode minimizar custos. Isto é algo que deixa qualquer profissional ou empreendedor responsável indignado, pois macula o mercado, com uma enxurrada de ofertas de serviços com baixa qualificação, e permite uma invasão dos que querem pegar carona em esforços de quem batalha muito para manter seu espaço profissional. Contudo, o público que sabe das coisas valoriza a ética e a competência, busca informação para tentar acertar em suas escolhas e não ser enganado pelos “caolhos do mercado”. Concordam?

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